On y va...

É, eu sei.. sumida né? Então, tantas coisas aconteceram que eu não me sentia altamente capacitada pra vir aqui e escrever... na verdade, como au pair que ainda sou, não queria escrever sempre a mesma coisa que todo mundo escreve sobre a vida aqui... acho monótono e chato na verdade! Como este blog não veio à tona pra falar como a vida aqui seria, mas sim como uma válvula de escape pros meus sentimentos - sumi! Não porque estive bem o tempo todo (pelo contrário), mas porque meus altos e baixos foram tamanhos que se a cada um eu escapulisse escrevendo, eu não encararia a situação de frente, como tem que ser feito!

E foi assim, que quase onze meses se passaram do dia que desembarquei, e menos de um pra voltar pra casa... Vivi, sobrevivi, fiz amigos e mantive os antigos (o que acho o mais importante). Minha família está mais próxima como nunca foi antes... Viajei por lugares que nunca pensei que poderia ir, realizei sonhos, desisti de outros e uma montanha coloquei em stand by! Porque a vida tem que continuar e é feita de escolhas... e as minhas eu tomo com tanta consciência que de vez em quando chega até a me surpreender. Sou calculista, penso em todas as possibilidades pra não ser pega de surpresa... mas mesmo assim, nesse ano de novas experiências, eu tive várias, apesar do planejamento...

Me permitir falhar e me sentir um nada. Me permiti chorar horrores e não esconder de ninguém que o estava fazendo. Me permiti sonhar, porque vi que mereço. Me permiti desistir, porque sei que a recompensa virá mais tarde!

Acho que finalmente aquele sentimento bom de quando eu escrevia antes de vir voltou... Porque eu tenho que sentir a vontade dentro de mim, não encaro isso como uma obrigação ou algo do tipo! Não escrevo esperando que alguém leia... se ler, ficarei feliz... se comentar então, minha nossa! Mas se nada acontecer, tudo bem também, porque meu objetivo foi alcançado antes mesmo de eu apertar o botão postar!

E eu digo com propriedade agora, que realmente NÃO IMPORTA A DISTÂNCIA...

Eu amo tudo o que foi
Tudo o que já não é
A dor que já não me dói
A antiga e errônea fé
O ontem que a dor deixou
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia.

Fernando Pessoa

Primeiro post do ano... Enfim, voltei, mas não por um bom motivo!

É em meio a lágrimas que cá estou eu, depois de cinco meses de afastamento do meu cantinho! Mas, tava precisando aliviar... nos piores e melhores dias da minha vida foi aqui que eu encontrei meu norte, meu rumo..... a maioria deles foi ruim, mas quem se importa!!! Desde segunda-feira to com aquele aperto no peito de novo, aquele aperto que me remete à aqueles dias de sofrimento que aquelas paredes em Franca presenciaram todas. As lágrimas vertidas anteriormente tornam a rolar pelos meus olhos - me sentindo sozinha apesar de estar rodeada de gente! Me sinto indesejada, não merecedora de nada... sei que parece bobeira, mas é exatamente assim que estou me sentindo agora... tento tirar isso dos meus pensamentos, mas é praticamente impossível! Mais uma tentativa frustrada de tentarser amada que simplesmente não passou da vontade! PORQUE SEMPRE EU ME APAIXONO pela pessoa errada??? Não me considero uma pessoa ruim, e de fato acho que não sou. Então por que? Porque tanto sofrimento e tentativas frustradas? Porque nada dá certo? Por que? Por que?

Umas pessoas me dizem que é por que sou muito especial (na verdade não me acho nem um pouco, me acho normal, até diferente no sentido ruim da palavra), outras, dizem que é por que eu não dou oportunidade pra ninguém se aproximar (pode ser verdade, mas isso não justifica ao todo).

Até agora to aqui tentando encontrar essas respostas... já faz um bom tempo aliás... E elas nunca vieram! Sempre interpretando as coisas erroneamente, ou manipulando por assim dizer! Acho que é medo de ser tudo fantasia de novo, e ver o sonho que eu contruí tão lindo e perfeito desmoronar pela trigésima vez.

Maldita e bendita hora em que achei o indício destruidor de sonhos...